06 maio 2012

O mantra da indecisão



Não sei quando aconteceu, mas em algum momento da minha vida simplesmente acabei me perdendo entre os muitos caminhos a minha frente.

Eu já quis ser professora, veterinária, modelo, artista, cantora, cozinheira, astronauta, desenhista, escritora, jornalista, entre outras infinitas vocações que existem. Algumas horas eu só queria ser uma criança para sempre, e outras, que queria crescer o mais rápido possível e gritar minha independência – claro; sem saber como o mundo realmente funciona. Ou seja, quis ser praticamente tudo. Às vezes, tudo ao mesmo tempo.

Não sabia se gostava mais de preto ou de branco, até que decidi gostar dos dois igualmente. Não conseguia decidir como gastar meu tempo livre, se queria escrever, ler ou desenhar. Se queria ser japonesa ou inglesa – apesar de não ser nenhuma das duas opções. Então, quando foi para escolher meu bicho de estimação. Oh, lastima! Cão ou gato? Minha nossa! Parecem decisões fácies para qualquer um, mas nunca foi pra mim.

Sempre fui extremamente indecisa. O que às vezes era bom, pois me livrou de fazer muitas besteiras, mas independente disso, considero um dos meus maiores defeitos.

Na verdade, todos nós temos um determinado período em que não sabemos o que fazer ou o que seguir; uma coisa normal, o ser humano nasceu indeciso, não se ache o único. Mas ser indeciso a ponto de se sentir perdido, sem um caminho a percorrer, somente com um sentimento de vazio dentro de si, como se seu estômago estivesse vazio e roncasse de fome, isso não é normal. É assim que defino essa sensação. Nada mais, nada menos, que um estômago sem comida, implorando por alimento. Mas que tipo de comida? Um sonho, um objetivo. É isso que seu vazio pede.

Por muitas vezes tentei alimentar meu vazio com os sonhos e expectativas dos outros. O que não deu certo. Agora ando em busca de um propósito. Algo em que me agarre com força e não queira nunca mais soltar. Alguma coisa que mude minha vida a tal ponto que eu sinta ter rodado 360° graus. Algo que deixe tudo de cabeça para baixo. Você saberia me dizer o que procuro? Se isso existe?

Não sei as respostas, mas acho que só o fato de estar escrevendo isso e de fazer essas perguntas, que para você podem parecer no mínimo idiotas, para mim significa que já começou. E o que é que começou, afinal? Eu comecei. É isso, eu comecei a acreditar que posso achar aquilo que tanto procuro.

E você? Já se fez essas perguntas idiotas? Já começou a procurar aquilo que tanto almeja? Se não, comece agora, pois o tempo não para e se você não correr atrás, ele não te dará as respostas.

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