Vou falar de algo que muitos de
vocês, principalmente aqueles que escrevem, sofrem em alguns momentos. Eu até
parei de escrever por uns instantes para conseguir pensar melhor sobre o
assunto, pois, realmente, isso anda me assombrando. O branco. É quando você
sabe, mas não sabe como dizer. É quando você lembra que já viu isso, mas “e
agora para recordar?”
Quem escreve sofre disso. Quem
estuda sofre disso (vide provas). Quem trabalha também sofre disso. Mas, me
perdoem os demais, acredito que todos que lidam com algum tipo de arte sofrem
mais do que os demais com esse vazio mental que dá de repente. Você quer
compor, escrever e não consegue. A tal da inspiração foi embora. Mas eu sempre
tento por em minha mente que mais que inspiração, para expor seu talento
necessita de transpiração.
Vou ser bem sincera, quando
pensei no que escrever, antes pensara em um tema mais complicado. Falar sobre
solidariedade humana e tal. Falar sobre os prédios que caíram aqui no Rio de
Janeiro, mas me deu um branco. Aproveitei a situação e resolvi escrever sobre
este branco. Mas está me dando branco em falar de branco.
A falta de inspiração realmente
traz transpiração. Estou já suando em pensar o que mais posso escrever para
terminar a crônica de hoje. Mas vem cá, você que está me lendo e está já
pirando em minha piração: você nunca sofreu com isso? Nunca ficou sem saber o
que falar sobre algo? Até mesmo em um encontro, na hora de conversar com alguém
que você tem interesse de ter algo a mais, pronto. Dá um branco e fica sem
saber o que falar. É como dizem: se a vida lhe der limões, faça uma caipirinha.
Se a vida lhe der um branco, dê um beijo. O silêncio de bocas ocupadas é bem
interessante. Se não der certo sempre pode tomar uma caipirinha para ajudar nos
pensamentos.

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