29 abril 2010

pseudo-escritora

Dizem que eu sou boa com as palavras. Grande mentira. Bom é aquele que consegue criá-las sem uma razão aparente, com as mais perfeitas estruturas; comigo não é assim, disso você não sabe. Elas aparecem na minha frente apenas em determinados momentos. Se bem que estão em todos, mas não formam algo com lógica sempre. A culpa é sua, e você nem sabe. Então, logo finjo que não sei de onde todas palavras vêm, e fico com um falso mérito. Este que você me deu ao me dar as palavras. A única dúvida existente é se você um dia vai entender o que se passa em minha mente, pois sinceramente, nem eu entendo. Você me confunde toda, porque a única pessoa é você, e o único sentimento não passa. Depois de relatar segredos não-reveladores, a única verdade cabível e indiscutível, é que se eu não tivesse consciência da sua existência, com certeza esse espaço estaria vazio. Nunca comentei, mas posso estar calma e inspirada em meu canto, com meu pedaço de papel... E quando alguém se aproxima, as palavras somem. O impulso de esconder tudo me ronda até hoje. Eu escrevo com a solidão de companhia, mas na companhia de sentimentos. Estranho mesmo. Ainda sofro daquele medo de escrever em público. Não por receio de rejeição, isso não me incomoda. O ponto é a questão de querer ter controle de quem vai ler o que penso. Eu não quero ninguém além de você lendo algo. Isso não é o suficiente para definir nada, todavia, já resumiu tudo o que sou: Uma pseudo-escritora. Uma egoísta farsante das palavras, que tudo esconde, que nada escreve, e que mal vive. E o que me faz relatar isso? É a disposição de aprender a arte de escrever, viver intensamente um sentimento eterno, me aperfeiçoar em todos os sentidos, e de divulgar tudo sem dó. Por mim e por você. Dessa vez, pelo mundo também. A segurança que cresce com os passar dos dias é a responsável pelos textos ridículos dessa pseudo-escritora. Vou considerar isto algo positivo, porque pensando bem e esquecendo o 'nós', o mundo precisa de palavras sinceras, cultas, apaixonadas, objetivas, perdidas, talvez mesmo as moribundas. E quem sabe, até mesmo as minhas?

1 comentários:

Anônimo disse... [Responder]

Tem noção do tamanho do golpe que foi fazer a minha costumeira visita aqui, e encontrar esse texto?

Golpe nada, fico muito honrada!

Beijos! :)

E aí, o que achou?