03 agosto 2011

Universo Paralelo


Minha vida sempre se baseou em pequenos amores e grandes paixões. Quando digo pequenos amores, quero dizer pequenas pessoas, pequenas mentes e pequenas preocupações. Se pretende ler um texto de amor ou decepção, sugiro que se retire agora, não tenho a intenção de falar sobre isso tão cedo. Sempre fui diferente e isso nunca me incomodou. Minha personalidade é mais reservada e nunca depositei minha confiança em qualquer um. Também nunca desejei estar sempre ao lado de alguém. Desde sempre - e até mesmo sem tentativas - declarei independência masculina. É desprezível ver quem eu quero bem se martirizando por quem não merece e eu definitivamente não desejo isso pra mim. Não tenho sonhos ou grandes aspirações. Durante 20 anos, vivi uma grande indecisão: não sabia se preferia roxo ou marrom, se queria casar ou viver sozinha, amar ou ser amada. Deixava o tempo me guiar e fazia as minhas escolhas de última hora e, digamos, sobre pressão. Não bebo, não fumo, não namoro, não me dou bem com qualquer um e não distribuo sorrisos falsos por aí. Não sei gostar pela metade ou dizer meia verdade. Também não me interesso por futebol, volei ou qualquer outro esporte comum. Não tenho unhas grandes como todo mundo, eu as roo, e ainda que estejam feias, estão sempre coloridas. Não uso maquiagem, não sou escrava da beleza artificial. Coca-Cola não é meu refrigerante favorito e odeio chocolate. Aparento ser um tanto quanto fria e vazia, mas no fundo tenho um bom coração, apenas deixei de me interessar pela arrogância, falsidade e perversidade humana. Em termos, não pertenço a esse mundo, devo ser de Marte ou qualquer lugar assim.

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