24 agosto 2011

Ecos da Primavera


Aquela era a primeira vez que não me sentia feliz ao ouvir minha música preferida, afinal, era o toque do meu celular e na tela indicava que André me ligava, aquele cara que me fez de idiota por vários meses. Será que ele ainda hão havia se cansado de me atormentar? Bom, não sei o que ele queria, eu simplesmente deixei tocar até cair na caixa postal.

Tempo depois, o despertador tocou sinalizando que naquele instante o dia estava começando. Eu precisava me levantar e erguer a cabeça como se nada tivesse acontecido naquele fim de semana. Ir a escola depois de certa humilhação na frente de todos, não me parecia uma proposta tentadora. Só era necessário. Me levantei e fui.

Talvez eu estivesse com mania de perseguição, mas realmente parecia que todos os olhos daquele lugar estavam  se voltando para mim, inclusive aqueles falsos olhos de arrependimento que eu não desejava encontrar. Mariana, minha melhor amiga, finalmente chegava ao colégio - era a única que conseguia conversar comigo sem tom de piedade. Demos um abraço apertado e, por incrível que pareça, gostei de ser o centro das atenções. Gostei ainda mais de ter deixado de lado - ainda que por alguns instantes - a minha fragilidade. Eu estava me sentindo bem, apesar de meus olhos dizerem o contrário - e iria continuar assim. Dane-se aquele babaca.


Continua

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